LOUNGE DAS ARTES – CASA COR ES 2013

Visando a confluência entre arte e arquitetura, o projeto teve a intenção de aguçar os sentidos! As paredes foram propositalmente deslocadas a fim de convidar o espectador a apreciar as obras de arte com maior intimidade, conduzindo-o do pé direito mais baixo com forro de madeira, ao pé direito mais alto, de 4,5m, sendo afastado das paredes o que proporciona leveza ao espaço, valorizada ainda, pela iluminação zenital ao centro. Uma parede solta no final do ambiente com luz projetada para o teto valoriza ainda mais a arquitetura.

Obras como do artista capixaba Paulo Vivacqua, emitem sons que despertam a curiosidade do observador, em uma perfeita sintonia com a essência de vitória régia e açaí. Já a iluminação, coordenada pelo renomado iluminador Maneco Quinderé, favorece as obras de arte com técnica e aconchego. O mobiliário foi minuciosamente pesquisado, de forma a se relacionar com as obras contemporâneas. As peças vintage são atemporais e se misturam com móveis atuais. A busca foi por mobiliário nacional de diferentes épocas, como a cadeira de pernas cruzadas do Luiz Philippe, a poltrona “Tonico” de 1963 do Sérgio Rodrigues, o protótipo do banco “Inflated Wood” de Zanini de Zanine, as poltronas “Ventura” do Fernando Mendes com exclusividade em terras capixabas, a mesa da galerista é uma obra de arte do Vilar composta com cadeiras do Carlos Motta e poltrona de antiquário.

Os objetos de decoração têm sempre uma peculiaridade, como os vasos de murano do Guto Requena que transmitem através de suas curvas a memória afetiva das histórias contadas por sua vó, a luminária “Cantante” da Cláudia Moreira Salles foi feita em parceria com Etel Carmona e Bertolucci, composta de madeira certificada e aço cromado. Tem ainda, um baú antigo que remete a histórias e tesouros escondidos a serem procurados pelos visitantes. A malha metálica do Arthur Decor separa a área de lounge e a galeria, conferindo modernidade, beleza e sofisticação sem restringir a intercomunicação dos ambientes.

“A intenção foi trazer algo com uma arquitetura simbólica e limpa, onde as obras estivessem livres para interagir com o imaginário do observador,” explicam as profissionais.